segunda-feira, 9 de abril de 2012

Felipe Gerra é destaque com a produção de Arroz Orgânica

Veja a matéria publicada em março no site do SEBRAE.
Foto Extraída do site do SEBRAE

As condições favoráveis do solo e clima contribuem para a boa produção no estado
Sandra Monteiro


 Natal - O Rio Grande do Norte está credenciado para revitalizar o cultivo do arroz vermelho no país, nos próximos anos. A constatação tem como base os excelentes resultados obtidos em testes com duas novas variedades de grãos -  MNA 901 e MNA 902 - desenvolvidas pela Embrapa e cultivadas de forma experimental no assentamento Lagoa do Saco, zona Rural de Felipe Guerra, a 351 Km da capital.
“Não vi nenhum resultado melhor do que este em todo o Nordeste. Os resultados das novas linhagens são estimulantes e o Rio Grande do Norte está pronto para ampliar o cultivo e iniciar o processo de comercialização do arroz vermelho para todo o Brasil”, prevê o professor e pesquisador da Embrapa, José Almeida.

Os resultados e impressões foram apresentados durante o Seminário “Manejo Orgânico de Novas Variedades de Arroz Vermelho”, evento promovido pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, que reuniu dezenas de produtores no assentamento Lagoa do Saco.

As elevadas qualidade e produtividade, além da perda reduzida, são algunas das características da produção na região. De acordo com os dados repassados no seminário, as novas variedades apresentam perda média de apenas 30%, enquanto as demais variedades cultivadas (RN 801 e RN 802) originam perda superior a 40%.

Para a fase experimental, foram plantados 700 metros quadrados das variedades MNA 901 e MNA 902. Já para a próxima safra, que ocorrerá entre os meses de junho e novembro, a área plantada será de seis a dez hectares. “Vamos investir mais nessas variedades. Nossa intenção é continuar ampliando a área plantada de acordo com os resultados”, assegura José Rildo, presidente da Associação dos Produtores de Arroz Vermelho do Assentamento Lagoa do Saco.

Além da longa tradição no cultivo, o engajamento dos produtores locais e as condições de solo e clima convergem para o processo de revitalização da cultura do arroz vermelho no estado, atesta José Almeida. “O Rio Grande do Norte possui condições privilegiadíssimas, e ainda tem a vantagem de cultivar o produto em dois períodos do ano. Isso aumenta ainda mais a produtividade e garante ainda mais destaque ao estado na produção do arroz”, pontua.

Destaque

No Brasil, apenas o Rio Grande do Norte e a Paraíba desenvolvem trabalho voltado para o cultivo do arroz vermelho. Segundo o pesquisador da Embrapa, o produto paraibano, apesar de ser cultivado em uma área maior, apresenta qualidade e produtividade inferiores frente ao arroz potiguar.

Diante do amplo mercado a ser explorado, o Sebrae no Rio Grande do Norte desenvolverá uma série de ações junto a parceiros e rizicultores do assentamento Lagoa do Saco, com vistas a melhorar o processo produtivo, ainda manual, em bases aratesanais, e conquistar mais espaço no território nacional. Desde 2008, a Instituição oferece assessoria e orientação através do Projeto Arroz do Vale do Apodi.

“Continuaremos a atender aos produtores com nossas capacitações e orientações. Mas também vamos voltar a atenção para buscar, junto a parceiros como o Banco do Nordeste, apoio para viabilizar crédito para a aquisição de máquinas, que promoverão melhorias no processo produtivo do arroz vermelho na região”, informa José Ronil, gerente de Agronegócios do Sebrae no Rio Grande do Norte.

As capacitações oferecidas pelo Sebrae ao longo de três anos renderam aos produtores de Felipe Guerra a conquista da certificação em Produção Orgânica como Organismo de Controle Social - Venda Direta, concedido no ano passado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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