terça-feira, 27 de novembro de 2012

Vejam matéria da National Geographic Brasil sobre Arroz Vermelho



No princípio, era o vermelho. Por dois séculos, não se soube de outro arroz nas mesas brasileiras. Foi a primeira variedade cultivada por aqui: inicialmente na Bahia, ainda no século 16, depois no Maranhão, introduzido pelos açorianos por volta de 1620. Ali, nas várzeas ao sul de São Luís, o arroz-vermelho encontrou abrigo e prosperou a ponto de fazer do Nordeste o maior produtor desse cereal no império português. Arroz-de-veneza, o chamavam – certamente uma alusão à origem remota daqueles grãos que tão bem haviam se adequado a nosso solo.
Ainda nesta reportagem:
Assim foi até o século 18, quando os portugueses importaram do sul dos Estados Unidos as sementes do então chamado arroz-da-carolina – melhor, mais produtivo, mais branco e mais rentável. O plano da Coroa era substituir por completo as lavouras do arroz-de-veneza pelo novo grão. Para isso, baixou um decreto em 1772, em que proibia o cultivo de qualquer outra variedade que não o arroz branco. As penas pela reincidência eram severas: um ano de cadeia e cem mil-réis de multa para os homens livres e, para os escravos, “dois anos de calceta com surras interpoladas nesse espaço de tempo”. Por “calceta”, entenda uma argola de ferro presa ao tornozelo.
A proibição durou 120 anos, tempo mais que suficiente para que o arroz-vermelho fosse quase levado à extinção e condenado ao esquecimento. Se não sumiu, foi porque virou prato de resistência e subsistência em certos grotões do Nordeste, onde se escondeu para fugir da vigilância da Coroa. Está lá até hoje, sob o nome de arroz-da-terra, refugiado em três vales contínuos do sertão nordestino: Piancó e Rio do Peixe, na Paraíba, e Apodi, no Rio Grande do Norte. E, mesmo ali, também periga desaparecer. Hoje a área produtiva é três vezes menor que cinco décadas atrás.
Ainda assim, podemos considerá-la a maior extensão de arroz-vermelho cultivado no mundo. E, ao mesmo tempo, uma espécie de fóssil vivo da alimentação humana, pois se trata da primeira variedade domesticada desse cereal. Só depois é que surgiu o branco, como uma mutação desse grão original. “O primeiro arroz do mundo era vermelho”, assegura José Almeida Pereira, pesquisador da Embrapa Meio-Norte e coordenador da Fortaleza do Arroz Vermelho, projeto de desenvolvimento local criado pela Fundação Slow Food.
É uma lavoura rara, portanto, pois são poucos os lugares onde ainda se dá valor alimentar a esses grãos. O mais comum é encontrá-los em seu estado selvagem, crescendo como invasores nos arrozais comerciais e alimentando o ódio dos arrozeiros. Tem até campanha no Brasil empenhada em varrer o arroz-vermelho do mapa. Tamanho é o estigma que a variedade só deixou de ser considerada oficialmente uma erva daninha em 2009, quando o Ministério da Agricultura revisou a classificação oficial.
O fato é que, historicamente, houve pouco ou nenhum interesse pelo arroz-vermelho com fins comerciais. Se sobreviveu no sertão, foi mais como uma cultura de subsistência, uma das poucas viáveis numa região isolada e miserável, que só conheceu o arroz branco em meados dos anos 1940. Por falta de opção, virou ingrediente essencial da dieta sertaneja, sobretudo na Paraíba. Ali, e em algumas comunidades rurais do Rio Grande do Norte também, o costume é cozinhá-lo com leite e servi-lo com feijão-de-corda – combinação, no mínimo, excêntrica para os paladares destreinados.
Mais curioso ainda é o hábito local de polir o arroz-vermelho, retirando justo aquilo que lhe dá cor e sabor, que é a película que reveste cada grão, conhecida como pericarpo. Antigamente, o povo se dava ao trabalho de passar horas socando o arroz no pilão, com a intenção de deixá-lo o mais branco possível. Hoje, o serviço é feito em pequenos armazéns de beneficiamento, onde uma máquina chamada “descopadeira”, enorme e barulhenta, se encarrega de descascar e polir os grãos por meio de um sistema de correias.
Apesar de rústica, a descopadeira tem papel crucial na manutenção de uma cadeia produtiva sustentável. Ela gera três subprodutos, e nenhum é desperdiçado. A casca vai para os aviários, onde se torna a serragem que forra o chão dos galpões. Os grãos quebrados, conhecidos como “xerém”, viram ração animal, que é também o mesmo destino do pericarpo. Essa película vermelha, quando retirada, transforma-se num pó altamente nutritivo chamado por aqui de “vitamina”. “É lá que está o ferro e o zinco. E vai quase tudo para o porco”, diz Francisco Batista, agrônomo de Piancó (PB) especializado no cultivo do arroz-vermelho.
Existe também a questão do sabor, que pode ser uma virtude para um chef de cozinha, mas que no sertão chega a ser motivo de rejeição. “O povo tem preconceito. Não gosta do vermelho. Dizem que a vitamina amarga muito o arroz”, afirma Sueli Lira, moradora da zona rural de Apodi e entusiasta declarada do cereal. O gosto é intenso, de fato, mas nada que um bom garfo não possa se acostumar ou um bom cozinheiro não possa adaptar. Sueli mesmo diz que já aprendeu várias receitas, com vitamina e tudo: “Dá pra fazer escondidinho, risoto, doce de coco...”.
Sem a vitamina, o que fica é um arroz menos vermelho, menos nutritivo e menos saboroso. E, de certa forma, mais parecido com o branco. “A influência do arroz comercial é tão grande que as famílias estão polindo o vermelho porque acham o branco mais bonito”, diz José Almeida, da Embrapa. De fato, a chegada do arroz comercial nas últimas décadas trouxe benefícios que as gerações antigas desconheciam, como a maior produtividade, a agilidade no cozimento e, para certos paladares, o sabor mais suave. Sem contar a incomparável vantagem de se comprar um pacote no supermercado com os grãos já descascados e polidos, prontos para o consumo.
No fim, a história se repete: tal como há três séculos, o arroz branco se apresenta como uma séria ameaça à permanência do arroz-vermelho no Nordeste brasileiro. Não só como cultura substituta, mas também como forte concorrente na mesa dos sertanejos. Caso particularmente sintomático é do vale do Rio do Peixe, que nos últimos anos se transformou no maior produtor de arroz branco da Paraíba. Salvo algumas experiências isoladas nessa região, hoje o cultivo do arroz-vermelho está praticamente confinado aos vales do Apodi, no Rio Grande do Norte, e ao do Piancó, na Paraíba.
Com cerca de 2 mil arrozeiros espalhados por vinte municípios, o vale do Piancó é tido como o grande refúgio do arroz-vermelho no país, tanto pela extensão dos campos cultivados, como pela forte ligação com a cultura local. Dos vales produtores, é também o mais pobre e isolado – o que, se por um lado, ajudou a manter distância do arroz branco, por outro impediu o desenvolvimento de qualquer tecnologia mais sofisticada. Tudo ali é muito rudimentar, mais por carência do que por escolha. A colheita é manual, os agrotóxicos são inexistentes e a irrigação é toda dependente da água da chuva. “Se não chover, não tem produção”, afirma o agrônomo Francisco Batista.
Trata-se, portanto, de um produto ecologicamente limpo, porém pouco sustentável. Embora a área de produção seja grande, o rendimento é baixo: são 1.500 quilos por hectare, enquanto o arroz branco rende cerca de 7 mil quilos. Na prática, é um produto apenas de subsistência. “Primeiro eles tiram para comer. O que sobra, vendem – quando sobra”, diz Batista. E mesmo para comer está difícil, dado que a seca não dá trégua há pelo menos três anos. A consequência é que, só na última década, a área do arroz-vermelho no vale do Piancó diminuiu de 5 mil hectares para 3.500.
José Almeida, da Embrapa, é categórico: “Eu não vejo maiores perspectivas para o vale do Piancó. A tendência ali é desaparecer”. Não bastasse a baixa produtividade, ele cita ainda a concorrência com o arroz branco – mais nas mesas que nos campos – e o pouco conhecimento técnico dos sertanejos para turbinar a produção. Além disso, 90% dos agricultores são arrendatários, ou seja, dependem do interesse dos donos da terra em investir na tecnologia. Estes, por sua vez, parecem mais empenhados em transformar os arrozais em capim para o gado do que salvar um raro ingrediente da extinção.
Uma das tentativas em reverter o quadro foi a inclusão do arroz-vermelho, em 2007, na Arca do Gosto, lista da Fundação Slow Food que congrega sabores esquecidos ou ameaçados de extinção. Logo em seguida, a mesma entidade criou a Fortaleza do Arroz Vermelho. A grande aposta, agora, está na obtenção do selo de Indicação de Procedência, concedido pelo INPI, o que colocaria o arroz-vermelho do Piancó ao lado de produtos como o vinho da Serra Gaúcha e a cachaça de Parati. Seria uma forma de agregar valor e, ao mesmo tempo, chamar a atenção do mercado e dos órgãos públicos.
Enquanto a situação não muda no Piancó, os olhos se voltam para o vale do Apodi, no Rio Grande do Norte, onde cerca de 360 famílias tiram sustento do arroz-vermelho. Embora a área cultivada ali seja três vezes menor, a produtividade dos grãos é três vezes maior que a do vale paraibano. Resultado: a produção anual potiguar, hoje na casa das 4 mil toneladas, já quase se equipara à do vale do Piancó em seus melhores anos. É uma das grandes promessas para garantir a permanência do arroz-vermelho no mapa da alimentação mundial.
Há, em primeiro lugar, um privilégio geográfico. No Apodi, as condições climáticas permitem duas colheitas ao ano: uma em junho, outra em dezembro. No Piancó, só em junho. Além disso, os produtores potiguares irrigam suas plantações há mais de 30 anos. E, desde 2002, dispõem da água da Barragem de Santa Cruz do Apodi, o segundo maior reservatório do estado, todos os dias do ano. Outra novidade foi a introdução de duas máquinas colheitadeiras na região, cujo uso é revezado entre os arrozeiros. Acrescente, por fim, o fato de que os grãos ali passaram por melhoramento genético, atingindo uma capacidade produtiva máxima que se aproxima do arroz branco.
Tudo isso concede certa vantagem ao Apodi, mas não necessariamente garante o sustento dos arrozeiros. Para isso, foi preciso eliminar a figura dos atravessadores, entrave dos mais inconvenientes à cadeia produtiva do arroz-vermelho. No vale, os negociantes costumam agir da seguinte forma: vendem os insumos ao agricultor e, ao fim da safra, cobram o equivalente em sacas de arroz, acrescido de juros na casa de 6% ao mês. Ou mais. Rildo Góis, produtor no município de Felipe Guerra, cita um exemplo: “Uma vez peguei um saco de adubo a R$ 70 e, três meses depois, paguei a R$ 140”.
Até pouco tempo atrás, essa era única forma de vender arroz no vale – o que, obviamente, desestimulava os agricultores e fazia com que muitos abandonassem o cultivo. A situação mudou em 2008, quando o governo federal começou a comprar o arroz-vermelho por meio do Programa de Aquisição de Alimentos, projeto de fortalecimento da agricultura familiar. Para os produtores, abriu-se um novo mercado, que pagava a preço justo sem a necessidade de intermediários. No fim, o valor pago pela saca dobrou e até os negociantes tiveram que se adaptar à nova realidade. “Hoje o atravessador está pagando o preço justo”, diz João Francisco Santos, porta-voz da Apava, a principal associação de produtores no vale do Apodi.
Agora, a moda no vale é o cultivo orgânico. Precisamente na comunidade da Lagoa do Saco, no município de Felipe Guerra, onde um grupo de produtores decidiu aposentar adubos e agrotóxicos em favor da qualidade. O lugar em si já é especial: toda a água usada na irrigação vem de um olho d’água situado no pé da serra, por gravidade. Ou seja, zero uso de energia. Acrescentem-se as devidas técnicas orgânicas e aí está um arroz que, além da alta qualidade, apresenta índices inéditos de produtividade. “Já cheguei a tirar 5 mil quilos nessa área”, orgulha-se Rildo Góis, apontando para sua plantação de meio hectare de extensão.
Experiência parecida, embora isolada, é a da Fazenda Tamanduá, localizada no município paraibano de Santa Terezinha, no vale do Rio do Peixe. Lá, além de orgânico, o arroz-vermelho e também biodinâmico, ou seja, cultivado de acordo com as leis da natureza. Não bastasse o requinte, a fazenda acumula também o mérito de ter sido a primeira a inserir esse arroz no mercado nacional. Se hoje ele está nas gôndolas do país, é em parte graças à Fazenda Tamanduá. A outra parte fica com a Ruzene, produtora paulista do Vale do Paraíba especializada em variedades exóticas. Seu produto não é orgânico, mas mira em cheio no mercado gourmet. É dela, por exemplo, o arroz-vermelho que o chef Alex Atala usa nos cardápios de seus dois restaurantes, D.O.M. e Dalva e Dito.
Pois é: depois de passar 250 anos trancafiado nas despensas do sertão, o arroz-vermelho virou gourmet. Ainda não caiu no gosto do grande público, mas já a começa a dar as caras nos restaurantes e supermercados das capitais. Só que, ao contrário do que acontece nos vales nordestinos, ele chega até nós em sua versão integral, com toda a vitamina a que tem direito. Ou seja, é um arroz mais nutritivo – repleto de fibras, ferro e zinco – e também mais saboroso. O gosto pode estranhar no início, mas é tudo uma questão de preparo e costume. João Francisco, da associação de produtores de Apodi, dá provas do sucesso citando a ocasião em que levou algumas amostras do cereal na maior feira de agricultura familiar do país. “Era pra vender em uma semana. Vendi em dois dias.”
Veja a matéria direto do site, com imagens e mais informações clicando Aqui.

A partir de Janeiro APAVA terá sua beneficiadora própria

Imagem Ilustrativa, extraída da Internet
A compra já foi realizada , estamos somente aguardando a montagem da beneficiadora de arroz da associação. A ideia de comprar a máquina foi unanime de todos os associados da entidade, por entenderem que será um benefício importante para os produtores de arroz do vale do Apodi.
Para alguns produtores, será uma alternativa para que os agricultores deixem de uma vez os chamados "atravessadores", e passem a comercializar somente por meio da APAVA, obtendo assim, mais chances de lucros ao final de cada safra.
O Tesoureiro da entidade Francimar Câmara explica a importância de uma beneficiadora para a APAVA e consequentemente os produtores de arroz do Vale: "Nós poderemos comercializar tudo do arroz com essa máquina teremos a casca, o arroz, o xerém e a vitamina". Ainda conclui: "Tudo será aproveitado"
A APAVA hoje tem cerca de 40 produtores trabalhando diariamente e comercializando o produto com um preço justo, dando condições de sobrevivência para as suas famílias.
Ainda não temos fotos da máquina, mas postaremos o mais breve possível.

APAVA comercializa todos os produtos destinados à Feira Nacional da Agricultura Familiar


O Brasil Rural Contemporâneo deste ano não foi um sucesso como os anteriores, isso se deu, devido a um acidente que deixou pessoas feridas e que por determinação do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o evento teve seu término antecipado.
Mesmo assim, a APAVA comercializou as 4 toneladas de Arroz Vermelho que destinou -se ao Rio de Janeiro.
O agricultor Bebé Gama que representou a APAVA, estará chegando em solo apodiense ainda hoje e nos informará mais acontecimentos para que possamos apresentar para vocês amigos leitores do blog.
Imagens do evento postaremos em seguida.

Nota do MDA sobre o acidente na FENAFRA


NOTA OFICIAL BRASIL RURAL CONTEMPORÂNEO
24/11/2012 06:50

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) lamenta o acidente ocorrido na tarde deste sábado (24) na Feira Nacional da Agricultura Familiar, provocado pela queda de uma estrutura metálica, por volta das 16h, que resultou em três feridos e uma vítima fatal.
O MDA se solidariza com as famílias das vítimas e vem por meio desta dar conhecimento das providências adotadas.

As vítimas foram atendidas no local e, prontamente, encaminhadas ao Hospital Souza Aguiar. Os visitantes e expositores foram orientados a deixar o local por medida de precaução.

Neste momento a prioridade é prestar atendimento às vítimas e aos familiares.

Além disso, o registro policial foi feito e aguardamos as perícias para identificar as causas do acidente.

A programação da Feira está suspensa e aguarda o laudo da Defesa Civil, que está no local verificando as condições das instalações.

Sobre os laudos técnicos do evento

Devido às dúvidas suscitadas quanto ao socorro prestado às vítimas do acidente ocorrido na tarde deste sábado (24), na Feira Nacional da Agricultura Familiar, no Marina da Glória, no Rio de Janeiro, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) informa sobre a estrutura de atendimento e sobre os fatos relacionados ao acidente:
 A Feira Nacional da Agricultura Familiar – Brasil Rural Contemporâneo dispunha de toda estrutura necessária para atendimento de urgência e emergência em caso de acidentes e prestou socorro imediato às vítimas. Essa estrutura estava de acordo com o que determina o 1º Grupamento de Socorro de Emergência, do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro, que aprovou a Ficha de Avaliação de Risco em Eventos (FARE) e autorizou sua execução por meio de laudo técnico favorável.
A feira também possui a Certidão de Anotação de Responsabilidade Técnica (CART), que é emitida pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ). Nessa certidão consta o nome do responsável técnico, a empresa que faria a remoção em caso de necessidade e o hospital de referência, no caso, o Souza Aguiar. Todos os procedimentos foram seguidos.

Sobre a estrutura de atendimento

 No momento do acidente, havia na Feira duas UTIs móveis completas para pronto-atendimento, sendo que, em cada uma delas,tinha um médico de plantão, um técnico de enfermagem e um motorista, respeitando as normas estabelecidas e aprovada pelo 1º Grupamento de Socorro de Emergência, Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro.
Além disso, havia um posto médico dentro da Feira, com um médico, um enfermeiro e dois técnicos de enfermagem. A estrutura contava ainda com leito de emergência aparelhado com respirador, cardiovensor, material de sutura, medicamentos e materiais para primeiros socorros e mais dois leitos para atendimento não emergenciais.
A Brigada de Incêndio estava de plantão com brigadistas (bombeiros) treinados para situações de emergência, como a ocorrida no sábado.

 O socorro às vítimas

Os brigadistas estavam há poucos metros de onde aconteceu o acidente e chegaram ao local imediatamente.  Com a ajuda de visitantes que estavam próximos ao pórtico, levantaram a estrutura e prestaram os primeiros atendimentos. Médicos e técnicos de enfermagem, acionados via rádio, chegaram logo em seguida.
Os seguranças do evento, que chegaram ao local junto com os brigadistas, formaram um corredor para abrir caminho às ambulâncias e impedir que outras pessoas se aproximassem dos feridos e pudessem dificultar o atendimento médico e o deslocamento.
A remoção das vítimas ao hospital de referência seguiu critérios de avaliação médica.
 Reafirmamos que estamos aguardando os laudos técnicos que indicarão as causas do acidente. Além disso, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, determinou a abertura do procedimento interno para a apuração administrativa dos fatos relativos ao acidente.
 Neste domingo, o ministro visitou a vítima do acidente que ainda está hospitalizada e as que já receberam alta médica. Além disso, recebeu os familiares da senhora Adriana Ribeiro de Jesus, que chegaram ao Rio de Janeiro no início da tarde de hoje (25).

APAVA receberá visitantes da UFERSA amanhã


A APAVA receberá visita de alunos da UFERSA amanhã coordenados pela professora Vânia Porto. 
A visita acontecerá na comunidade de Baixa Fechada I na unidade de experimento de produção orgânica do produtor Bebé Gama. Os integrantes do Núcleo de Agroecologia também visitarão a Unidade de Beneficiamento da APAVA .

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Brasil Rural Contemporâneo


Estiagem é tema discutido na Assembléia da APAVA


Na última assembleia da Associação dos Produtores de Arroz do Vale, agricultores da região debateram sobre os problemas da falta de água para a produção de Arroz na Safra atual. Segundo os produtores, a seca prejudica além dos criadores de animais os agricultores que produzem arroz, especie de cultura que necessita de muita água para uma boa colheita.
Alguns produtores já abandonaram suas plantações por não ter água suficiente para irrigar.
Para os moradores do vale do Apodi, a solução seria a perenização do rio Umari e afirmaram que irão cobrar dos governos, urgentemente.
A APAVA enquanto instituição que agrega a maioria desses produtores, participará ativamente do processo de busca por projetos que visem a melhoria da região e consequentemente dos produtores de arroz.

Novas Receitas

Em breve postaremos as receitas desses deliciosos pratos.

Delicioso Arroz de Leite Tradicional

Novidade: Mingau de Arroz Vermelho

Delicioso Arroz ao Leite e queijo Mussarela

Arroz de Leite com Carne Assada


Um sabor irresistível, servido como sobremesa 
Risoto de Arroz Vermelho

Arroz de Leite com Carne de Sol
...E mais: Escondinho com Arroz da Terra
Aguardem!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Arroz orgânico é tema de cursos de Agroecologia



Estudantes de Agronomia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido e de Agroecologia do IFRN, Campus Ipanguaçu, estão tendo a oportunidade de conhecer o cultivo de arroz orgânico e variedades com experimentos realizados por pesquisadores da UFERSA e da Embrapa. Os cursos acontecem nas comunidades rurais de Santa Rosa e Baixa Fechada, localizadas no município de Apodi. Na semana passada, duas visitas foram realizadas e mais duas estão programadas para a próxima semana.

A proposta, afirma o professor da UFERSA Neyton Miranda, é mostrar para os estudantes as Unidades Demonstrativas de Arroz Vermelho Orgânico, bem como apresentar dados sobre o Ensaio de Cultivares de Arroz Vermelho. Para o Professor, que coordenado o Projeto no Vale do Apodi, atividades como essa tem o objetivo de transferir para estudantes de ensino técnico e superior conhecimentos sobre os estudos desenvolvidos para reduzir impactos ao meio ambiente, além de desenvolver alternativas que promovam o desenvolvimento sustentável nas esferas econômica, ambiental e social.

O curso possibilita ainda a difusão de tecnologias sobre a cultura do arroz orgânico para as famílias agricultoras do Vale e de outros municípios. Na ocasião são realizadas rodas de conversas sobre o sistema orgânico de produção de arroz vermelho e as formas da áreas. “A proposta é promover o debate de vários temas, entre eles, a organização da comercialização da produção, custo da produção, logística do produto, assessoria técnica, importância da cultura para região, políticas publicas voltadas para o desenvolvimento da cultura em sistema orgânico”, ressalta Neyton Miranda.

O projeto que está sendo desenvolvido pela UFERSA, numa parceria com a Apava, Embrapa, STTR e Seapac, dando seqüência a um trabalho de pesquisa participativa que surgiu de demandas das comunidades iniciadas a partir da criação da Associação dos Produtores de Arroz do Vale do Apodi - APAVA, em 2005. Dissertações de mestrado, monografias e até mesmo Tese de Doutorado já foram desenvolvidas com essa temática. De acordo responsável técnico pelo Projeto, o agrônomo e bolsista do CNPq, José Flaviano B. de Lira, o desafio da universidade, é tornar o RN o maior produtor de arroz Vermelho em sistema orgânico de produção. “É uma forma a melhorar a sustentabilidade das famílias”, acredita Flaviano Lira. Outro fator favorável está relacionado às condições climáticas e disponibilidade de água, que favorecem o cultivo em dois períodos do ano.

Na próxima terça-feira, 20, a experiência vivenciada em Apodi com o arroz orgânico será apresentada a turma do quarto ano de Agroecologia de Ipanguaçu e, no dia 28 de novembro, o projeto recebe a visita dos integrante do Núcleo de Agroecologia da UFERSA, coordenado pela professora Vânia Porto

Fonte:
http://www2.ufersa.edu.br

APAVA participará do Brasil Rural Contemporâneo no RJ



O agricultor Bebe Gama da comunidade de Baixa Fechda I, representará a APAVA na VIII Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária – Brasil Rural Contemporâneo  desse ano que ocorre nos dias 21 a 25 em Marina da Glória no Rio de Janeiro.

A feira considerada a maior da América Latina reunirá esse ano 650 organizações de agricultores e agricultoras do Brasil inteiro, e já na sua oitava edição a previsão é de superar as outras setes nas vendas. Segundo informações do Ministério de Desenvolvimento Agrário, já totalizam 19 milhões as vendas já realizadas no evento e já contou com a participação de 850 mil pessoas.

Outro momento importante na Feira é a programação cultural que já recebeu grandes artistas da música popular brasileira como Lenine, Gilberto Gil, Sandra de Sá, Paulinho da Viola e Alceu Valença.
Representantes de Apodi comercializam Arroz
Vermelho e outros produtos da Agricultura Familiar

No ano de 2010 a APAVA participou através da Cooperativa da Agricultura Familiar de Apodi – COOAFAP, por meio da Bodega, no qual foi comercializada uma tonelada de Arroz Vermelho. Esse ano participaremos por meio da Rede Xique Xique em parceria com a Associação de Lagoa do Sapo (Felipe Guerra), e estaremos comercializando 4 toneladas de arroz vermelho, prevenindo a falta de produto para comercializar como na edição anterior, pois a procura pelo produto é grande.

Além da comercialização direta, o nosso representante participará da Rodado de Negócios, que contará com a presença de empresários do país inteiro que conhecerá o nosso produto para possíveis compras futuras.

Bebé Gama estará embarcando na madrugada de amanhã e estará em solo carioca ainda nessa terça-feira, um dia que antecede a feira. Além de Bebé, mais três apodienses estarão representando nossa cidade no evento, representantes da COOPAPI e Associação de Queimadas também levarão o nome de Apodi para a FENAFRA.

Esperamos que mais uma vez Apodi se destaque na comercialização de seus produtos.

Estamos de Volta



A partir de hoje voltaremos as postagens no nosso Blog. O acúmulo de atividades nos impossibilitava de atualizar as informações, mas, a partir de agora vamos acompanhar tudo que acontece na Agricultura Familiar do nosso município e até mesmo no país.

Obrigado pela visita!